Vetoriais e Raster

Cartas Náuticas Digitais

A produção de cartas náuticas digitais, a partir da década de 90, possibilitou um avanço significativo no desenvolvimento de sistemas de navegação e tráfego aquaviário.

As cartas digitais, que podem ser do tipo raster e vetorial,  são utilizadas por sistemas de navegação em ambiente computacional.

Uma característica comum a ambos os formatos de cartas digitais é o georeferenciamento, ou seja, cada ponto da carta é identificado por uma latitude e uma longitude.

 

Cartas Raster

As cartas raster são representadas por imagens tipo BITMAP, idênticas às cartas em papel. A Marinha do Brasil produz e disponibiliza gratuitamente através do seu site, cartas raster no formato NOAA-BSB, de grande parte do seu catálogo de cartas.

Fora o georeferenciamento, a carta raster não provê nenhuma outra informação adicional quando comparada à carta náutica de papel.

Estas cartas são totalmente compatíveis com os sistemas náuticos produzidos pela Cash e podem ser utilizadas sem custo adicional em qualquer um deles.

Para a correta utilização destas cartas, deve ser adotado o datum WGS-84 tanto no receptor GPS quanto no aplicativo de visualização/manipulação das cartas.

Os sistemas desenvolvidos pela Cash voltados para o segmento náutico, já estão configurados para trabalhar com datum WGS-84.

A utilização das cartas Raster não dispensa o uso concomitante das cartas naúticas em papel, atualizadas até o último Aviso aos Navegantes.

A Cash também dispõe de cartas raster de algumas hidrovias brasileiras, como as do rio Solimões e do rio Madeira, ainda não disponibilizadas pela Marinha do Brasil.

 

Cartas Vetoriais

As cartas náuticas vetoriais, também conhecidas como cartas náuticas eletrônicas, são compostas por mais de uma centena de camadas de objetos.

Cada camada representa um elemento, como água, terra, batimetria, isolinhas, luzes, faróis e muitos outros.

A sobreposição de todas as camadas existentes formam a imagem completa de uma carta náutica vetorial, que é mais agradável e menos poluída, visualmente, do que uma carta raster.

Sistemas que manipulam cartas náuticas vetoriais costumam ser capazes de interpretar e fazer uso das informações contidas nas camadas que as compõem.

Além disso, também costumam ser capazes de filtrar a exibição de camadas das cartas náuticas, personalizando a exibição das cartas vetoriais.

As cartas náuticas vetoriais oficiais do Brasil são produzidas pela Marinha do Brasil, que já disponibilizou parte do seu catálogo de cartas para comercialização.

Apesar de produzir as cartas vetoriais, a Marinha do Brasil não as comercializa diretamente.

Alternativamente, existem outros produtores de cartas vetoriais, que desenvolvem cartas de todo o mundo.

A Cash é uma revenda de cartas vetoriais de um dos maiores distribuidores mundiais, e comercializa cartas de todo o mundo, sejam de rios ou oceanos.

Nossos sistemas possuem versões capazes de interagir com as cartas vetoriais, interpretando seus elementos e aumentando a segurança da navegação.

 

Transceptores AIS

AIS (Automatic Identification System)

AIS é um Sistema de Identificação Automática de embarcações, cuja comunicação não é tarifada e utiliza a banda de VHF móvel marítimo.

Enquanto os receptores AIS apenas recebem mensagens, os transceptores AIS são capazes de receber e de enviar mensagens.

Todo Transceptor AIS é composto por um hardware e um software capaz de configurá-lo.

O hardware necessário para a ativação de um Transceptor AIS inclui uma antena de VHF apropriada, uma antena ativa de GPS e uma fonte de alimentação, que pode ser de 12V ou 24V, dependendo do modelo.

A antena VHF é necessária para a transmissão e recepção de mensagens pelos AIS.

Todo Transceptor AIS possui um GPS interno, que é utilizado para o sincronismo do seu relógio interno e para obter a posição da embarcação. Para o correto funcionamento do GPS interno do Transceptor AIS, faz-se necessária a utilização de uma antena de GPS.

Uma embarcação equipada com um Transceptor AIS transmite, automaticamente e em pequenos intervalos de tempo, mensagens contendo dados sobre a própria embarcação e a sua navegação.

Estas mensagens são recebidas e decodificadas, automaticamente, pelos AIS de outras embarcações e de estações terrestres, desde que estejam dentro do raio de alcance do AIS transmissor. E assim se dá a comunicação automática entre os AIS.

A principal vantagem de se ter um Transceptor AIS em funcionamento numa embarcação, é a segurança da navegação, pois a embarcação será identificada por todos os navios e demais embarcações equipadas com transceptores AIS, dentro da sua área de alcance, o que reduz o risco de acidentes.

Os transceptores AIS para embarcações são divididos em Classe A e Classe B. De acordo com a Convenção Internacional de SOLAS (Safety of Life at Sea), todo navio está obrigado a utilizar um AIS Classe A. Qualquer outra embarcação que não esteja obrigada a utilizar um AIS Classe A, também pode fazer uso de um Transceptor AIS.

Um Transceptor AIS Classe B possui características muito semelhantes à de um Classe A, mas com potência de transmissão inferior (em geral, a potência de um Classe B é de 2W, contra 12W de um Classe A). Além disso, um Transceptor AIS Classe B não transmite alguns dados de viagem, de baixa relevância quando não se trata de navios.

O raio de alcance das mensagens transmitidas por um Transceptor AIS é variável e depende de diversos fatores, como o posicionamento da antena, potência do Transceptor AIS e condições do tempo. De um modo geral, o alcance de um Transceptor AIS Classe A não costuma ser inferior a 40 milhas náuticas, podendo ultrapassar 100 milhas náuticas.

Já um Transceptor AIS Classe B, não costuma ter um alcance, para as suas mensagens enviadas, superior à 12 milhas náuticas.

O uso primário de AIS deve ser para segurança, vigilância, rastreamento e controle do tráfego marítimo.

As informações transmitidas/recebidas incluem dados:

  • Estáticos (identificações e características da embarcação)
  • Dinâmicos (relativos à localização e deslocamento da embarcação)
  • Relacionados à viagem (calado, carga, destino e ETA)
 

Para que um Transceptor AIS esteja apto à transmitir mensagens, é preciso que se informe o MMSI (Maritime Mobile Service Identity) da embarcação na configuração do mesmo.

Caso contrário o Transceptor AIS funcionará apenas como se fosse um Receptor AIS.

No Brasil, a entidade responsável pelo fornecimento de MMSI é a ANATEL. Portanto, para se obter um MMSI para um embarcação, é necessário fazer uma solicitação à ANATEL.

 

Para os navegantes que desejarem visualizar, com mais qualidade e detalhes, os dados recebidos pelo AIS, com representação gráfica dos alvos recebidos, em tempo real, sobre cartas náuticas digitais, e agregar recursos que aumentem a segurança da navegação, é recomendável o uso de um software auxiliar, como o NASAREH.

Já para o controle e/ou monitoramento de tráfego aquaviário, o nosso Sistema de Tráfego Aquaviário é uma poderosa ferramenta baseada em AIS.

Nossa linha de produtos AIS é composta por Receptores AIS, Transceptores AIS Classe B, Transceptores AIS Classe A, Antenas VHF e Divisores(Splitter) para Antenas VHF.

Todos os nossos transceptores AIS estão homologados pela ANATEL, que é uma condição obrigatória para o uso de transceptores AIS no Brasil.

Consulte-nos sobre os modelos disponíveis e solicite uma cotação.

 

 

Transceptor AIS Classe A  (modelo A100)

  • Display integrado
  • Interface NMEA 0183
  • Classe de proteção: IP52
  • Potência de transmissão: 12,5W
  • Certificado Inland e Deep Sea
  • Antenas GPS inclusa

 

 

Transceptor AIS Classe B  (modelo B100)

  • Interfaces NMEA 2000 e NMEA 0183
  • Conectividade USB
  • Classe de proteção: IPx2
  • Potência de transmissão: 2W
  • SD Card (programar e gravar)
  • Antena GPS inclusa

 

 

Transceptor AIS Classe B  (modelo B212)

  • Interface NMEA 0183
  • Classe de proteção: IPx7
  • Potência máxima de transmissão: 12,5W
  • Antenas GPS inclusa

 

 

Receptor AIS  (modelo R100)

  • Interface NMEA 0183
  • Conectividade USB
  • Classe de proteção: IPx2
  • 2 canais de recepção

 

 

Splitter de Antena VHF  (modelo S100)

  • Compartilha uso da antena VHF por rádio VHF e AIS (Classe B ou Receptor)
  • Cabo de alimentação de energia
  • Cabos para rádio VHF e para AIS
  • Simples instalação

 

 

AIS AtoN Tipo 1

  • Potência de saída configurável: 1W, 2W, 5W ou 12.5W
  • à prova d’água IPx7
  • Duas interfaces NMEA0183
  • Antena interna de GPS
  • Transmite via FATDMA

 

 

AIS AtoN Tipo 3

  • Potência de saída configurável: 1W, 2W, 5W ou 12.5W
  • à prova d’água IPx7
  • Duas interfaces NMEA0183
  • Antena interna de GPS
  • Transmite via RATDMA

 

Receptor GPS

O Sistema de Posicionamento Global, popularmente conhecido por GPS (Global Positioning System) é um sistema de navegação baseado em satélites, desenvolvido e controlado pelo departamento de defesa dos Estados Unidos da América. Este sistema fornece, a qualquer receptor GPS, as coordenadas geográficas do mesmo, bem como informação horária, sob quaisquer condições atmosféricas, a qualquer tempo e em qualquer lugar do planeta, desde que o receptor se encontre no campo de visão de, pelo menos, quatro satélites dentre os que compõem o sistema.

Entretanto, quando falamos de um GPS, normalmente estamos nos referindo apenas ao Receptor GPS, que é exatamente a parte visível deste complexo sistema.

Quando usados apenas para alimentar outros sistemas ou equipamentos com recursos gráficos, os receptores GPS não necessitam de visor, já que não necessitam ser operados diretamente.

Para que um sistema ou equipamento externo receba os dados de posicionamento de um GPS, precisa estar conectado à saída NMEA do GPS.

Esta saída, na maior parte dos modelos de GPS, se dá através de um cabo serial com um conector de 9 pinos (DB9), a ser conectado no equipamento externo (notebook, chartplotter, etc).

A maioria dos notebooks atuais não dispõe de um conector serial de 9 pinos, mas apenas de portas USB. Por isso, nestes casos, é necessário fazer uso de um conversor Serial-USB.

Para simplificar a conexão do receptor GPS com um notebook ou com um computador de mesa, nós dispomos de um modelo de receptor GPS cuja conexão já é USB.

É um modelo compacto, de alto desempenho e simples de usar. Possui base imantada e ventosa para facilitar a sua fixação.

É o receptor GPS ideal para ser utilizado em conjunto com o NASAREH.

Solicite uma cotação.

 

GPS GlobalSat  BU-353-S4

 

  • Chipset SiRF Star IV de alto desempenho – WAAS
  • Alta sensibilidade (monitoramento de Sensibilidade: -163 dBm) 
  • Canais: 48
  • Extremamente rápido TTFF (Time To First Fix) com baixo nível de sinal 
  • Conexão USB 2.0
  • Não necessita de bateria, alimentação pela USB
  • Protocolo NMEA 0183
  • Padrão: WGS-84
  • Antena embutida 
  • Base imantada para facilitar fixação 
  • Impermeável e antiderrapante na parte inferior
  • LED indicador de GPS ou não correção
  • LED OFF: desligado 
  • LED ON: procurando sinal 
  • LED piscando: recebendo sinal
  • Tempo de Aquisição de sinal
  • Reaquisição: 0,1 segundos, em média
  • Começo quente: 1 segundo, em média
  • Começo morno: 35 seg, em média
  • Arranque a frio: 45 seg, em média 
  • Altitude máxima: 18.000 metros (60.000 pés) 
  • Velocidade: 515 metros / segundo (máximo de 1000 nós)
  • Dimensão: diâmetro de 53 milímetros, 19,2 milímetros de altura 
  • Comprimento do cabo: 1,5 metros